terça-feira, 26 de maio de 2015

Resta uma luta eficaz a ser travada

Em uma guerra, o vencedor não é aquele que vence o maior número de batalhas, mas o que vence a batalha decisiva. Não importa quantas vezes tenha sido derrotado; se você vence a batalha final, você é o vencedor da guerra.

Ou seja, não importa quantas vezes você tenha caído, quantas vezes tenha sido vencido pelo inimigo e caído em tentação. Continue lutando incansavelmente. Lími disse a seu povo: "o tempo está próximo (...) em que não estaremos mais sujeitos a nossos inimigos, apesar de nossas muitas lutas, que têm sido em vão; contudo acredito que RESTA UMA LUTA EFICAZ A SER TRAVADA" (Mosias 7:18, grifo meu). O que importa é que, no final, você saia vencedor.

Leia Morôni 9:6.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Grandes são as palavras de Isaías

Depois de ler várias vezes os escritos de Isaías no Livro de Mórmon, eu resolvi ler com mais calma, buscando em cada versículo descobrir o que realmente pode ser aplicado à minha vida, o que o Espírito pode me ensinar a partir desses escritos. A experiência foi maravilhosa.
"Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, povo em cujo coração eu escrevi a minha lei [ou seja, os membros fiéis da Igreja]; não temais as censuras dos homens nem vos atemorizeis pelas suas injúrias.

Porque a traça os roerá como a um vestido e o verme comê-los-á como lã. Minha justiça, porém, durará para sempre e a minha salvação, de geração em geração."
2 Néfi 8:7-8.

Arrependimento e o Milagre do Perdão

"O Espírito do Senhor desceu sobre eles e encheram-se de ALEGRIA, havendo recebido a remissão de seus pecados e tendo PAZ DE CONSCIÊNCIA, por causa da profunda fé que tinham em Jesus Cristo (...)" (Mosias 4:3).
Quando nos arrependemos genuinamente de nossos pecados, esses são os sentimentos que temos na alma: grande alegria e paz de consciência.
A alegria que advém do perdão de nossos pecados é uma ínfima demonstração da sensação de viver no Reino Celestial. A felicidade que o Espírito nos proporciona está além de qualquer descrição. Ela nos faz ter o desejo de viver sempre em retidão.
A paz de consciência, ou paz de espírito, advém da esperança de vida eterna. Advém da certeza de que viveremos junto com o Senhor e teremos para sempre alívio de todas as nossas provações.
Lembremo-nos, porém, que esses sentimentos não vêm senão depois de muito sofrimento, o verdadeiro pesar segundo Deus. Mas a alegria do perdão é maior que a dor do arrependimento, como lemos em Alma 36:20:
"Minha alma encheu-se de tanta alegria quanta havia sido minha dor".

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Jacó 1:19



O que significa "magnificar nosso chamado"? Jacó nos explica de modo muito claro:
"E nós magnificamos o nosso ofício para o Senhor, tomando sobre nós a responsabilidade de responder pelos pecados do povo se não lhes ensinássemos com diligência a palavra de Deus; assim, trabalhando com toda a nossa força, seu sangue não mancharia nossas vestimentas; caso contrário, o seu sangue cairia sobre nossas vestimentas e não seríamos declarados sem mancha no último dia." (Jacó 1:19)
Somos responsáveis por aqueles que lideramos. O Senhor coloca sobre nós essa responsabilidade. Magnificar nosso chamado significa fazer tudo ao nosso alcance, tudo que podemos, para cumprir com o nosso chamado, qualquer que seja ele. Isso inclui o ensino familiar. Os mestres familiares e as professoras visitantes são responsáveis pelas pessoas e famílias que visitam. Eles serão responsabilizados pelos pecados dessas pessoas caso não tenham feito tudo ao seu alcance para ensiná-las o caminho correto.

2 Néfi 32:5



"Pois eis que vos digo novamente que, se entrardes pelo caminho e receberdes o Espírito Santo, ele vos mostrará todas as coisas que deveis fazer." (2 Néfi 32:5)
Um dos papéis do Espírito Santo é orientar as pessoas, ajudá-las a tomar as decisões corretas. O Espírito nos ajuda a decidir quando não temos condições de fazer as escolhas por nós mesmos.
No entanto, temos que ter cuidado ao usar desse recurso. Temos que ter sabedoria ao buscar a orientação do Senhor. O Senhor não vai tomar as decisões por nós. Ele não quer que nos tornemos dependentes desse recurso mesmo nas decisões mais banais da vida. O Élder Dallin H. Oaks falou sobre isso:
“[Uma pessoa pode ter] o forte desejo de ser conduzida pelo Espírito do Senhor mas(...) insensatamente estender esse desejo ao ponto de desejar ser conduzida em todas as coisas. O desejo de ser conduzido pelo Senhor é um ponto forte, mas precisa ser acompanhado do entendimento de que nosso Pai Celestial deixa muitas decisões para nossa própria escolha pessoal. As decisões pessoais são uma das fontes de crescimento pelas quais precisamos passar na mortalidade. As pessoas que tentam passar todas as decisões para o Senhor e pedem revelação em todas as suas escolhas logo se encontrarão em uma situação na qual irão orar por orientação e não a receberão. Por exemplo: É provável que aconteçam inúmeras situações em que as escolhas sejam triviais ou qualquer escolha seja aceitável.
Devemos estudar as coisas em nossa mente, usando o poder de raciocínio que o Senhor colocou dentro de nós. Depois disso, devemos orar por orientação e agir de acordo com o que recebermos. Se não recebermos orientação, devemos agir de acordo com o que julgarmos ser melhor. As pessoas que insistem em buscar orientação por revelação nos assuntos que o Senhor não decidiu dirigir-nos podem criar uma resposta a partir de suas próprias fantasias ou preconceitos, ou até receber resposta por meio de revelação falsa”. (“Nossos Pontos Positivos Podem
Causar Nossa Ruína”, A Liahona, maio de 1995, pp. 13–14)

2 Néfi 32:3



"Os anjos falam pelo poder do Espírito Santo; falam, portanto, as palavras de Cristo. Por isto eu vos disse: Banqueteai-vos com as palavras de Cristo; pois eis que as palavras de Cristo vos dirão todas as coisas que deveis fazer." (2 Néfi 32:3)
Qual o verdadeiro significado dessa escritura? Eu aprendi muito sobre o significado dessa passagem depois que eu li as palavras do Pres. Henry B. Eyring, quando ele ainda fazia parte do quórum dos Doze, em 2005:
"Com o tempo, se realmente começar a banquetear-se com as escrituras, descobrirá que elas se tornarão parte de você. Lembro que isso acontecia com o Élder Bruce R. McConkie (1915–1985) do Quórum dos Doze Apóstolos, que conhecia as escrituras melhor do que ninguém. Às vezes eu o ouvia e me perguntava: “Agora ele está citando as escrituras, ou estas são as suas próprias palavras?”
O Presidente Gordon B. Hinckley também é assim. Quando ele fala normalmente, suas palavras soam como escritura, e mesmo nos momentos tranquilos em que ele está descontraído, isso faz parte de seu modo de falar. Creio que ele tem um grande dom literário, em parte por causa de seu conhecimento das escrituras. Há poucos dias quando estive com ele, de modo muito casual ele inseriu uma escritura na conversa, e ela se encaixou perfeitamente. Evidentemente as escrituras estão nele; elas fazem parte dele.
Todos podemos almejar que um dia a palavra de Deus faça parte de nós a ponto de o Senhor poder fazer com que nos lembremos dela e aprendamos a pensar como Ele pensa. E nesse processo podemos nos tornar como Ele é." ("Uma Conversa a respeito do Estudo das Escrituras". A Liahona, julho de 2005.)
Quando nos banqueteamos com as escrituras, quando tiramos o máximo de proveito delas, acabamos por fazer delas parte de nossa vida. Nossa linguagem se torna como a das escrituras. Este é o significado de "falar na língua dos anjos".

2 Néfi 31:13, 19-20



O Senhor convida todas as pessoas a fazerem parte de Seu rebanho. E o meio pelo qual entramos no rebanho do Senhor é através do batismo por imersão e a imposição de mãos para o dom do Espírito Santo:
"Portanto, meus amados irmãos, sei que, se seguirdes o Filho com todo o coração, agindo sem hipocrisia e sem dolo diante de Deus, mas com verdadeira intenção, arrependendo-vos de vossos pecados, testemunhando ao Pai que estais dispostos a tomar sobre vós o nome de Cristo pelo batismo—sim, seguindo vosso Senhor e vosso Salvador à água, segundo a sua palavra, eis que então recebereis o Espírito Santo; sim, então vem o batismo de fogo e do Espírito Santo; e então podereis falar na língua de anjos e render louvores ao Santo de Israel." (2 Néfi 31:13)
Mas e depois do batismo e da confirmação? O que devemos fazer? Estará tudo feito?
"E agora, meus amados irmãos, depois de haverdes entrado neste caminho estreito e apertado, eu perguntaria se tudo terá sido feito. Eis que vos digo: Não; porque não haveríeis chegado até esse ponto se não fosse pela palavra de Cristo, com fé inabalável nele, confiando plenamente nos méritos daquele que é poderoso para salvar." (2 Néfi 31:19)
O que devemos fazer então?
"Deveis, pois, prosseguir com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança e amor a Deus e a todos os homens. Portanto, se assim prosseguirdes, banqueteando-vos com a palavra de Cristo, e perseverardes até o fim, eis que assim diz o Pai: Tereis vida eterna." (2 Néfi 31:20)
Depois de termos entrado pelo caminho estreito e apertado, temos que nos manter firmes. Esta talvez seja a parte mais difícil, mas é este o meio pelo qual evoluímos de modo a nos tornarmos um dia semelhantes ao Pai Celestial. Nossa batalha contra o inimigo de nossa alma não termina enquanto estamos na carne. "Porque enquanto habitarmos este tabernáculo de barro, temos uma obra a executar, para vencermos o inimigo de toda a retidão e para que nossa alma descanse no reino de Deus." (Morôni 9:6)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

2 Néfi 26:11



"Pois o Espírito do Senhor não tentará influenciar para sempre o homem." (2 Néfi 26:11)
O arrependimento é um dom de Deus, e quando não o utilizamos, podemos perdê-lo. Cada escolha errada que fazemos nos faz perder luz. Ao perdermos luz, perdemos a capacidade de enxergar e compreender a verdade. Assim, perdemos o discernimento e somos levados a fazer cada vez mais escolhas erradas e perder ainda mais luz, até que a Luz de Cristo já não seja mais encontrada em nós. Alma fala sobre isto em Alma 12:10-11 (ver também Mateus 13:11-12). Se o homem não se arrepende enquanto ainda tem luz em si mesmo, corre sério risco de ser para sempre acorrentado pelo inimigo.

2 Néfi 25:23



"... Pois sabemos que é pela graça que somos salvos, depois de tudo que pudermos fazer." (2 Néfi 25:23)
A Expiação de Jesus Cristo tornou possível o homem pecador ser justificado e por fim considerado limpo e inocente perante o Pai. A salvação pela graça significa que, depois de termos feito tudo ao nosso alcance para viver em retidão, Cristo completará com aquilo que não somos capazes de fazer. Por nossos próprios esforços jamais seríamos capazes de alcançar a salvação. Cristo pagou nossa dívida com a justiça, fez o que não podíamos fazer. Sem Ele, não haveria salvação. Mas isto não elimina nossa responsabilidade pessoal de trabalhar por nossa santificação.

2 Néfi 25:4



"... Ainda que as palavras de Isaías não vos sejam claras, são, não obstante, claras a todos os que estão cheios do espírito de profecia." (2 Néfi 25:4)
Para quem está acostumado com a linguagem clara e direta do Livro de Mórmon, as citações de Isaías realmente parecem muito difíceis de compreender. Néfi diz, no entanto, que é fácil entender os escritos de Isaías quando se tem o "espírito de profecia". Mas o que é esse tal Espírito de profecia? Não é algo tão difícil de se adquirir. O espírito de profecia é o Espírito de revelação, o qual se adquire por meio da fé e da oração. "Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as escrituras" (Lucas 24:45)